quinta-feira, 6 de junho de 2013

Mensagem do Reitor-Mor aos jovens do MJS - Parte III



Olá pessoal!

Já publicámos no nosso blog a primeira e segunda partes da Carta do Reitor-Mor aos jovens. Aqui fica a terceira parte:

"Também vós, meus Queridos Jovens, não podeis viver a vossa fé de forma solitária. A nossa salvação está fora de nós mesmos; não a encontramos na ciência, nem na economia nem na política, mas só em Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós. Regressai, portanto, com olhos novos e coração novo ao lugar onde Jesus, hoje, se torna presente e habita: a Igreja. Ide ao encontro da comunidade dos crentes, daqueles que confessam Jesus como seu Senhor, a família dos seus discípulos, daqueles que compartilham com Ele vida e missão. Queridos Jovens, pode acontecer que muitas coisas, no contexto humano da Igreja, vos desiludam. Pode mesmo acontecer que vos sintais incompreendidos, não tomados a sério. É verdade, a Igreja por vezes desilude-nos, por vezes perturba-nos, mas sempre nos fascina, porque é uma realidade cujas fronteiras passam por dentro de nós, porque é um abraço de mãe sobre nós, o lugar visível da nossa identidade, a zona de encontro com o Deus de Jesus Cristo e com os homens vistos como nossos irmãos e irmãs. Escutai, por isso, as palavras de um pai que sofreu, mas que sempre amou a Igreja: Não, Queridos Jovens, não vos separeis da Igreja! Nenhuma realidade é tão rica de esperança, de compaixão e de amor. Ela nunca envelhece: a sua juventude é eterna. É a continuação, a morada e a vida no Espírito. Reparte-vos o pão da Palavra e oferece-vos os dons preciosos dos sacramentos, em particular da Reconciliação e da Eucaristia. Sem a experiência que se encontra neles, o conhecimento de Jesus resulta inadequado e insuficiente. Eles são a memória verdadeira de Jesus: daquilo que Ele realizou e realiza ainda hoje por nós, daquilo que significa para a nossa vida. Na Reconciliação experimentamos a bondade de Deus que é fonte da nossa liberdade interior e reconstrói e aperfeiçoa o tecido da nossa vida: os nossos olhos abrem-se para uma nova criação e vemos aquilo que podemos ser segundo o projeto e o desejo de Deus. É o sacramento do nosso futuro, mais do que do nosso passado de pecadores. Na Eucaristia, que a comunidade cristã diariamente celebra, é posta uma dupla mesa, onde o crente reforça a sua própria vida e se alimenta do único Senhor que é Palavra e Corpo entregue. Na Escritura e na Eucaristia, a Igreja reconhece, recebe e assimila o Corpo do Senhor e ela mesma se edifica como tal.

A estes dons que vos são oferecidos pela Igreja como graça, deveis unir uma atitude constante de contemplação e de oração. A contemplação, que se faz oração, é manter-se aberto a toda a plenitude que o Pai quer infundir nos vossos corações, através do seu Santo Espírito. Para vós hoje, evangelizadores e educadores dos jovens do terceiro milénio, a Palavra proclamada e partilhada, contemplada na oração, é indispensável para crescer na fé. Fé que deve fazer-se escuta do grito dos pobres, dos abandonados, dos excluídos, e traduzir-se em gestos de caridade concre-ta, que tornem visível Deus, o seu Amor.

É neste amor, recebido gratuitamente, que se funda a urgência de evangelizar. Só de um grande amor pode brotar uma grande paixão pela salvação dos outros e a alegria de compartilhar a plenitude de uma vida radicada em Jesus. Quem se encontrou com o Senhor não pode ficar em silêncio: deve proclamá-l’O. Ficar calado significaria matá-l’O segunda vez. Ide, portanto, Queridos Jovens discípulos de Cristo, e mostrai ao mundo que a fé traz uma felicidade e uma alegria verdadeira, plena e duradoura."

Fiquem bem, com D. Bosco e M. Mazzarello!

Sem comentários: